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Dia Mundial de Saúde Mental chama atenção para aumento de adoecimentos no século XXI

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Rosto estilizado de pessoa transparente, em desenho, imagem do cérebro da pessoa iluminado.
Adoecimentos mentais crescem mundialmente - Foto: Freepik

Adoecimentos mentais têm crescido mundialmente e já estão entre as principais causas de incapacitações no século XXI. Especialmente a depressão, tida como fator de maior risco de suicídio em todo o mundo. Em 10 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Saúde Mental. E justamente a promoção da vida e a prevenção ao suicídio foi foco da Secretaria de Saúde (SES/RS), deste ano, junto ao Setembro Amarelo.

No Rio Grande do Sul, além da depressão e transtornos de humor, é também fator preocupante o uso de álcool e outras drogas, em especial o crack, “por toda a questão social envolvida”, informa a especialista em saúde Marilise Souza, que atua na Política Estadual de Saúde Mental da SES. Segundo ela, é elevado o número de usuários de álcool em solo gaúcho, que se revela “um adoecimento mais crônico, contínuo, ao longo da vida”.

Marilise destaca que o papel da Secretaria é incentivar a implantação da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), composta de dispositivos que atendam aos municípios, com papel de cofinanciar os serviços, bem como fazer o monitoramento e avaliação e capacitar os profissionais. “O objetivo é fazer com que os serviços estejam nos municípios e funcionem bem”.

Mas um problema, diz, é que a maioria dos municípios gaúchos é de pequeno porte e não possui sequer os mecanismos especializados, que são os Caps (Centro de Atenção Psicossocial). “É uma característica do nosso Estado, 75% municípios gaúchos possuem menos de 15 mil habitantes e este serviço é para municípios acima deste total”.

Algumas regiões possuem vazios de atendimento porque não tem população suficiente. “Então temos um aparato para atuar junto com a atenção básica”. São os NAB (Núcleo de Apoio à Atenção Básica) e os Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), de responsabilidade do Ministério da Saúde”. Tratam-se de equipes especializadas que dão o matriciamento para a atenção básica que é, em geral, a porta de entrada para os serviços.

Porém, dependendo da gravidade do sintoma, o usuário pode ter acesso a outros pontos da rede. “Casos graves e persistentes vão para esta rede especializada no município que tiver”. Uma rede composta pelos Caps e os ambulatórios de saúde mental. E, quando há riscos e necessidade de internação, são acionadas as instituições hospitalares. Marilise destaca que o usuário de saúde mental possui uma característica específica, que é a de reinternações. “Por isto é importante ter uma rede articulada”.

Além disto existe a rede de reabilitação, com unidades de acolhimento nos municípios após período de desintoxicação. Outra estratégia utilizada na atenção à saúde mental é a chamada redução de danos, que são práticas adotadas para reduzir os danos associados ao uso/dependência de drogas.

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