PIM mantém atendimentos às famílias em meio à pandemia da Covid-19
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As equipes municipais e estadual do programa Primeira Infância Melhor (PIM), da Secretaria da Saúde (SES), assim como muitos outros setores, precisaram se reinventar em tempos de pandemia para continuar prestando o serviço à população a qual o projeto é destinado. O programa é baseado em visitas domiciliares para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral das crianças até 6 anos de idade, em populações mais vulneráveis. “O período que estamos vivendo nos desafia a encontrarmos formas diferenciadas de trabalho. Mantivemos os atendimentos, muitas vezes não presencial, mas não deixamos as famílias desassistidas, visto que o PIM é um programa essencial”, diz a coordenadora estadual do PIM, Gisele Silva.
Durante a vigência dos protocolos de distanciamento social, as equipes municipais têm autonomia para definir a melhor estratégia para cada caso, como manter as visitas presenciais, que ocorrem semanalmente, ou propor atividades a distância, mantendo o relacionamento com as famílias de modo online.
“Independentemente do nível socioeconômico, o contexto de estresse ocasionado pela Covid-19 pode gerar situações que fragilizam o ambiente familiar, tornando-o menos propício ao desenvolvimento integral infantil”, diz a nota de orientação da Coordenação Estadual do PIM às equipes municipais para a manutenção do trabalho realizado junto às famílias em tempos de pandemia da Covid-19. Ainda, na nota, a Coordenação do PIM defende: “O agravamento das desigualdades sociais em decorrência da pandemia torna ainda mais evidente a relação entre a garantia de acesso às políticas públicas e a sobrevivência das pessoas”.
A coordenadora Gisele ressalta que o período do nascimento até os 6 anos é fundamental para o desenvolvimento do cérebro. “Os estímulos que a criança recebe durante essa faixa etária são os que mais causam impacto para a vida futura deste cidadão: é um momento de janela de oportunidades, formação de conexões e competências.” Além disso, o programa facilita o acesso a outros serviços públicos de saúde e assistência social.
De acordo com Gisele, períodos de crise requerem ainda mais vínculos familiares fortes e pais ou cuidadores que estimulem a brincadeira. “As crianças precisam de sorrisos para se desenvolver”, coloca.
O visitador Nilo Edmilson Liessen Jacinto, do município de Teutônia, visita 20 famílias todas as semanas. Desde março, o atendimento teve de sofrer alterações devido ao distanciamento social. No primeiro momento, todo atendimento aconteceu por redes sociais ou telefone, com retorno das famílias por meio de fotos, vídeos e áudios. “Quando foi possível, fizemos o atendimento na casa das famílias com uso de todos equipamentos de proteção e mantendo a distância recomendada”, explica Nilo. “Neste período, nunca deixei de acolher as famílias atendidas por mim nas suas mais variadas demandas, sempre apoiando e fortalecendo o potencial de cada uma delas em relação ao desenvolvimento e o cuidado para com suas crianças.”
Ouça o depoimento do visitador Nilo:
Visitador do PIM Nilo (1)
Depoimento do visitador do PIM de Teutônia Nilo Edmilson Liessen Jacinto
DownloadVisitador do PIM Nilo (2)
Depoimento do visitador do PIM de Teutônia Nilo Edmilson Liessen Jacinto - parte 2
DownloadNilo (3).ogg
Depoimento do visitador do PIM de Teutônia Nilo Edmilson Liessen Jacinto - parte 3
DownloadCarmen Letícia Suarez Rosa é moradora de Teutônia e sua família é atendida pelo PIM. Ela tem quatro filhos: Bernardo, 1 ano; Brayan, 2 anos; Jéssica, 7 anos; e Diego, 9 anos. Por meio da proposta do visitador Nilo de “brincar livre”, ela ensinou os filhos a soltar pandorga com sacos plásticos, como ela mesma fazia em sua infância.
Ouça o áudio de Carmen:
Depoimento de Carmen sobre brincadeiras do PIM
Depoimento de Carmen sobre brincadeiras do PIM
DownloadVeja o vídeo dos filhos de Carmen brincando:
PIM estimula a brincadeira livre
Em tempos de pandemia, o programa Primeira Infância Melhor (PIM) segue os atendimentos às famílias, de forma presencial ou a distância. Esta é a família de Carmen Letícia Suarez Rosa, de Teutônia, e seus quatro filhos: Bernardo, 1 ano; Brayan, 2 anos; Crédito: Secretaria da Saúde RS
“Com as mudanças que ocorreram em nossas vidas devido à pandemia do coronavírus, percebo a importância do olhar singular para cada uma das famílias atendidas por mim. Vejo a importância da escuta atenta, do olhar sensível e do acolher nas mais variadas demandas que surgem”, conclui Nilo.